Entenda a nova regra do crédito rotativo
Uma fatura chega com um valor mais alto do que o esperado e surge um problema: como pagar? A medida mais comum entre os brasileiros é pagar um valor entre o mínimo e o total, deixando que o banco recalcule o restante – com juros – para o próximo mês, o que por muito tempo gerou dívidas que se tornavam verdadeiras bolas de neve para o consumidor. Entretanto, as novas regras para uso do rotativo do cartão de crédito, que começaram a valer no mês passado, vieram para mudar esse quadro, mas ainda deixou algumas dúvidas. Entenda o que mudou nos tópicos a seguir!
O que é o rotativo?
O rotativo funciona como uma linha de crédito alternativa, que pode ser utilizado de acordo com a necessidade do consumidor, contato que seja pago o mínimo de 15% da fatura atual. É como se o cartão de crédito possuísse dois limites: o de total de compras e o emergencial, caso sua dívida acumule. Um paralelo para se entender melhor é o do cheque especial de uma conta corrente, que funciona como um empréstimo do banco quando chegamos no “vermelho”. Assim como o cheque-especial, o rotativo também possui juros mediante uso. Essa taxa de juros do rotativo encerrou 2016 em 484,6%/ano, segundo dados do Banco Central.
Restrição
A restrição divulgada pelo Banco Central no dia 26 de janeiro, basicamente, foi para coibir o uso do rotativo e fazer com que os bancos ofereçam uma solução de parcelamento para o cartão de crédito com juros menores, que evite a famosa “bola de neve”. Fica então vetado que o consumidor caia no rotativo por meses seguidos.
Como funciona a partir de agora?
Desde o mês passado, quando começou a valer a regra, o consumidor que optar pelo rotativo poderá fazê-lo apenas uma vez. Caso o saldo remanescente não seja quitado na próxima fatura e ocorra um novo pagamento entre o mínimo e o total, a fatura seguinte virá com o saldo devedor parcelado. Com taxas menores já anunciadas pelos maiores bancos – variando entre 0,99% a 9,99%/mês – o valor final pago ao fim do parcelamento acaba ficando mais baixo do que seriam com juros rotativos do cartão se usados consecutivamente.
O que acontece com quem já estava no rotativo?
Esses clientes devem ficar atentos e observar se o parcelamento automático já não foi feito. Se a respostar for sim, vale observar os valores e números de parcela, já que parcelamentos muito longos podem encarecer a dívida. O indicado é ligar para a administradora do cartão de crédito e consultar suas opções para o pagamento da dívida.
Evite se endividar
Entrar no rotativo deve ser apenas uma medida emergencial, caso não haja nenhuma outra opção em vista. O parcelamento da dívida é uma alternativa que pesa menos no bolso, mas pode restringir o uso do seu cartão de crédito – dependendo do limite total disponível – e não deixa de ter os seus juros. O importante é observar se vale a pena arrastar uma fatura por vários meses, ao invés de pagar integralmente e ficar livre de dores de cabeça!
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